Fichamento Metodologia
Ao abordar a questão do poder e como este se aplica na sociedade, Foucault afirma que o poder está em todo lugar e este se baseia em saberes e discursos. Esses discursos tem como funções legitimar os direitos da soberania e legitimar a obrigação de obediência. Os poderes periféricos e moleculares não foram confiscados e absorvidos pelo Estado; não são necessariamente criados pelo Estado. O poder não é homogêneo, segundo Foucault, e não pode ser apropriado como um bem. O poder funciona e se exerce em rede, não se aplica aos indivíduos, passa por eles, pois se encontra no meio dos saberes. O poder circula. O poder é, em essência, uma personagem que atravessa todos os cenários da vida humana.
“Quero dizer o seguinte: a idéia de que existe, em um determinado lugar, ou emanando de um determinado ponto, algo que é um poder, me parece baseada em uma análise de enganosa e que, em todo caso, não dá conta de um número considerável de fenômenos. Na realidade, o poder é um feixe de relações mais ou menos organizado, mais ou menos piramidalizado, mais ou menos coordenado. (…) Mas se o poder na realidade é um feixe aberto, mais ou menos coordenado (e sem dúvida mal coordenado) de relações, então o único problema é munir-se de princípios de análise que permitam uma analítica das relações do poder.” (FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder.[Organização e Tradução de Robert Machado]. Rio de Janeiro; Edições Graal 1979, pág. 141).
2, Genealogia do Poder
As análises genealógicas de Foucault buscam explicação nos saberes gerados através das relações de poder, que são inclusas em um discurso político positivo. Um dos principais pontos ase frisar dentro da genealogia do poder de Foucault é que o poder não possui um termo geral, ou seja, não existe uma teoria geral do poder, o poder não é algo que se encontra historicamente formado e dominado por determinado grupo ou instituição dentro do aparelho do Estado. O poder encontra-se em uma rede de relações, que por sua