Fichamento livro: O que é violência urbana de Regis de Moraes
Cap. 1. Urgente, Urgentíssimo!
[...] Os empresários e administradores continuavam protegendo os seus dinheiros, cuidando do seu patrimonio com sórdido deseprezo pela vida dos semelhantes. De modo que, agora, o Joelma se transformava no inferno mais hediondo que a usura capitalista podia ter criado [...]” pag. 8
[...] Os bombeiros (com seus ridículos salários!) lutavam doidamente pela vida. Então, pudendo aprender uma coisa importante: aqueles sinistros ocorriam não porque faltasse generosidade aos cidadãos em particular, mas em razão de faltar toda generosidade ao sistema ultilitarista que envolve e manipula a vida das cidades grandes [...]” pag. 8
“Em abril desde 1981, o conjunto residencial dos bancários, na ilha do governador (Rio), tornou-se palco de um dos mais trites epísodios de brutalidade social. Ali se haviam acoitado bandidos cuja captura era importante para a polícia. Foram para o Local 400 policiais e, durante 11 horas, deram cerca de 4000 tiros. Cena longa e insuportavel de brutalidade em que crianças, adultos e velhos, acolhidos de surpresa, permaneceram umas 7 horas deitados no chão, aterrorizados com a fuzilaria que arrebentava as residencias. De quem ter pavor: Da fúria dos bandidos ou da verocidade policial? Nehuma consideração se teve para com o fato de que as famílias habitavam aquele lugar e – por um mínimo de bom senso – este não poderia ser transformado em aceso campo de batalha” pag. 9 e 10
Comentário:
De fato, os ocorridos narrados descrevem cenas de brutalidade e desrespeito social que são frequentes na realidade (no esquema) das cidades grandes, onde cada indivíduo preocupa-se apenas com seus interesses, o que faz disso um tipo de violência contra a sociedade. Os grandes defendem os interesses dos grandes sem a menor sensibilidade e despresando totalmente os direitos dos que mais necessitam, nem ao menos ver se estes estão sendo infringidos.