Fichamento Le Goff
Documento/Monumento
1. Os materiais da memória coletiva e da história
Memoria e história = documentos e monumentos (p. 535) - Documentos: escolha do historiador. O termo latino documentum deriva de docere, ensinar (p.536).
- Monumentos: herança do passado. O monumentum é um sinal do passado. É tudo aquilo que pode evocar o passado, perpetuar a recordação, por exemplo, os atos escritos (p. 535).
“O documento que, para a escola histórica positivista do fim do século XIX e do inicio do século XX, será o fundamento do fato histórico, ainda que resulte da escolha, de uma decisão do historiador, parece apresentar-se por si mesmo como prova histórica. A sua objetividade parece opor-se à intencionalidade do monumento. Além do mais afirma-se essencialmente como um testemunho escrito”(p.536).
Fustel de Coulanges (positivista): documento=texto
“A única habilidade (do historiador) consiste em tirar dos documentos tudo o que eles contêm e em não lhes acrescentar nada do que eles não contêm. O melhor historiador é aquele que se mantém o mais próximo possível dos textos”(p.536).
Triunfo dos documentos sobre monumentos é lento, e transcorre pelo fim século XVII ao século XVIII.
Historiografia institucional no século XVIII: monumentos (em declínio) e documentos (em plena ascensão).
2. O século XX: do triunfo do documento à revolução documental (p. 539)
Com a escola positivista, o documento triunfa (p.539).
Alargamento do conceito de documento (escrito, ilustrado, transmitido pelo som, a imagem, etc)p.540.
A partir dos anos 1960: revolução documental Qualitativa e quantitativa = história passa a interessar-se pelas pessoas comuns
Revolução tecnológica: computador Da confluência das duas revoluções surge a história quantitativa. Privilegia o dado, que leva à série e a uma história descontínua. A memória coletiva valoriza-se, institui-se o patrimônio