Fichamento laviatã cap xviii

Neste capítulo Hobbes descreve qual seria o estado natural do homem, longe do convívio social, onde os homens estão em uma luta de todos contra todos, propondo uma ideia de um homem que seja escolhido pelos os demais para ser o soberano que traria paz para todos os homens. Neste estado até o homem mais fraco corporalmente pode vencer o homem mais forte, seja pela astúcia ou pela aliança com outros homens iguais.
Como todos os homens neste estado buscam os mesmos desejos, toda vez que um homem obtiver um desejo do outro ele estará ameaçado, e para se defender ele deve ser astuto para antecipar as ações do outro que deseja seu objeto.
Hobbes então encontra três discórdias, a primeira da competição, a segunda da segurança e a terceira da glória. Todos os homens usam sua força na forma de violência para conseguir se tornar o senhor dos outros. Para a segurança o homem também utiliza a violência para se proteger. E para alcançar sua reputação de glória o homem também utiliza a violência. Hobbes explica esse estado como estado de guerra, que faz uma analogia com o mau tempo, que a tendência é chover não apenas um ou dois chuviscos.
Para nos mostrar que este pensamento tem algum sentido, Hobbes apela para nossa experiência de vida, para verificar que o que eles ta propondo se encaixa na realidade, e nos lembra dos nossos medos, que precisamos guardar todos nossos objetos que tem valor, que sempre buscamos nos defender dos outros, e que é necessário alguém para determinar as leis para nos guiar.
Então ele conclui que a condição de todos contra todos não é injusta, pois não havendo leis que determinem a ação justa, não pode haver injustiça. Para que exista justiça é necessário haver leis e para tal é necessário um poder comum. A justiça, diz Hobbes, não é uma faculdade do corpo ou do espírito, pois se assim fosse existiria em um homem quando ele estivesse sozinho; mas é uma faculdade do homem em sociedade. E acrescenta que na condição natural o homem não possui nenhuma