Fichamento ideologia alemã marx
2046 palavras
9 páginas
Este livro foi escrito em coautoria em 1845, mas apenas veio a público em 1933, muito depois da morte de Marx. Na introdução afirma-se que de 1842 a 1845 a Alemanha sofreu uma revolução no campo do pensamento, em que os heróis do pensamento foram derrubados um a um e os valores substituídos. Depois eles afirmam que pretendem dar o justo valor a essa charlatanice filosófica, que chega a despertar no coração do honesto burguês alemão um agradável sentimento nacional, para se ter uma ideia concreta da mesquinhez, do espírito provinciano e limitado de todo esse movimento jovem-hegeliano, e especialmente do contraste tragicômico entre as façanhas reais desses heróis e suas ilusões a respeito delas. A IDEOLOGIA EM GERAL E EM PARTICULAR A IDEOLOGIA ALEMÃ Os autores iniciam afirmando que a crítica alemã em todos os seus esforços não deixou o terreno da filosofia e todas as questões partiram do sistema hegeliano. A polêmica que travam contra Hegel limita-se ao seguinte: cada um isola um aspecto do sistema hegeliano e o faz voltar-se ao mesmo tempo contra todo o sistema e contra os aspectos isolados pelos outros. Começou-se por escolher categorias hegelianas puras, não-falsificadas, tais como a Substância, a Consciência de si, para mais tarde profanarem-se essas mesmas categorias, com termos mais temporais, como o Gênero, o Único, o Homem, etc. Toda a crítica alemã limita-se à crítica de representações religiosas. Os jovens hegelianos criticaram tudo na religião, ao passo que os velhos hegelianos compreenderam tudo a partir da religião como sendo o verdadeiro vínculo da humanidade. Para os primeiros, todos os atos dos homens são produtos de sua consciência, eles propõem trocar a consciência atual pela consciência humana, mas os autores os criticam por se oporem unicamente contra a atual “fraseologia”, opondo a ela outra “fraseologia”. Nenhum desses filósofos teve a ideia de ligar a filosofia alemã com a realidade alemã. Segundo os autores, a primeira condição de toda