Fichamento: hobsbawm, eric. terceiro mundo e revolução.
HOBSBAWM, Eric. Terceiro mundo e Revolução.
IN: ____. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
I
• “Como quer que interpretemos as mudanças no Terceiro Mundo e sua gradual decomposição e fissão, em seu todo ele diferia do Primeiro Mundo em um aspecto fundamental. Formava uma zona mundial de revolução – recém-realizada, iminente ou possível. O Primeiro Mundo era, de longe, política e socialmente estável quando começara a Guerra Fria global” (p. 421). • “Essa persistente instabilidade social e política do Terceiro mundo dava-lhe seu denominador comum” (p. 422). • “Essa instabilidade era igualmente evidente para os EUA, protetores do status quo global, que a identificavam com o comunismo soviético, ou pelo menos a encaravam como uma vantagem permanente e potencial para o outro lado na grande luta global pela supremacia” (p. 422). • “O potencial revolucionário do Terceiro Mundo era igualmente evidente nos países comunistas, quando nada porque, como vimos, os líderes da libertação colonial tendiam a encarar-se como socialistas, empenhados no mesmo tipo de projeto de emancipação, progresso e modernização que a União Soviética, e nas mesmas linhas” (p. 422-3). • “Durante várias décadas, a URSS adotou uma visão essencialmente pragmática de sua relação com os movimentos revolucionários, radicais e de libertação do Terceiro Mundo, pois nem pretendia nem esperava aumentar a região sob governo comunista além da extensão da ocupação soviética do Ocidente, ou da intervenção chinesa (que não podia controlar inteiramente) no Oriente” (p. 423). • “Moscou simpatizava com os novos regimes e ajudou-os, embora logo abandonando o excesso e otimismo sobe os novos Estados africanos” (p. 423). • “Na verdade, quando a liderança soviética o movimento comunista internacional foi desafiada em 1960 pela China, em nome da revolução, para não falar das várias dissidências comunistas, os