Fichamento hermeneutica
Texto n° 1. BLOCH, March. A história, os homens e o tempo. In: Apologia da História ou O ofício do Historiador. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Ed. 2001, pp. 51-68.
PÁGINA | CITAÇÕES DO AUTOR | CITAÇÕES PESSOAIS | 51 | “Diz-se algumas vezes : ‘A história é a ciência do passado’. É [no meu modo de ver] falar errado. [Pois, em primeiro lugar,] a própria ideia de que o passado, enquanto tal, possa ser objeto da ciência é absurda. Como, sem uma decantação prévia poderíamos fazer, de fenômenos que não tem outra característica em comum a não ser não terem sido contemporâneos, matéria de um conhecimento irracional? Será possível imaginar , em contrapartida, uma ciência total do Universo, em seu estado presente? | Dizer que a história é a ciência do tempo é algo muito geral, e cada ciência possui sua especificidade, portanto, se a história se reduzisse apenas ao estudo do tempo, poderia estudar qualquer coisa, desde que fosse referente ao passado, entrando no campo de varias outras ciências. | 53 | “[...] o objeto da história é, por natureza o homem. [...] são os homens que a história quer capturar. [...] Já o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali esta a sua caça.” | A historia é portanto, a ciência dos homens no tempo, seu objeto de estudo são os homens, suas ações, no passado. O historiador deve portanto, buscar essas ações, o comportamento humano ao logo da história da humanidade. | 56- 57 | “Tudo inclinava, portanto, essas gerações a atribuir, nas coisas humanas, uma importância extrema aos fatos do início. [...] De modo que em muitos casos o demônio das origens foi talvez apenas um avatar desse outro satânico inimigo da verdadeira história: a mania do julgamento.” | Os historiadores por muito tempo cometeram o erro de buscar nas origens dos acontecimentos as explicações para os fatos históricos, outro erro comum cometido, foi a mania de julgamento, que