fichamento ginzburg
Carlo Ginzburg pode ser considerado como um historiador que alterou os rumos da ciência história; nascido na Itália no final da década de 1930, Ginzburg tem ascendência judaica, uma boa formação em universidades de renome internacional, grandes motivações políticas e uma fama de inclassificável. Algumas obras, como O queijo e os vermes, foram traduzidas em português e são referência no meio acadêmico da área de História.
Uma característica forte de Ginzburg que ajudou a forjar a fama de “inclassificável” é a diversidade temática e de interesse de pesquisas, a diversidade de abordagens que o autor apresenta para tratar de um mesmo objeto de pesquisa, e o alargamento do que é fazer história é considerado uma grande contribuição do autor, que pode ser observada como uma dupla intervenção: historiográfica e no campo das discussões epistemológicas, teóricas e acadêmicas da história.
Influenciado pelo vanguardismo da Escola dos Annales, a “história das mentalidades”, isto é, uma abordagem histórica concentrada no estudo das atitudes mentais, visões coletivas, universos culturais, sentimentos e crenças sociais e temporais, preocupada com o exame de aspectos da realidade cultural e mental dos homens, Ginzburg construiu seu tipo específico de interpretação histórica.
Outra grande influência foi o Instituto Warburg, no qual Ginzburg se engajou durante algum tempo de sua atividade acadêmica. De lá, Ginzburg traz preceitos interpretativos e influências como por exemplo a procura por fontes documentais outras, não utilizadas pelos estudos históricos: documentos visuais, testamentos, cartas pessoais, objetos de decoração, quadros de arte, inquéritos policiais entre outros.
Seu interesse por pintura e literatura se transformaram em objetos de reflexão comuns aos seus trabalhos e norteadores de algumas de suas contribuições ao universo teórico do campo da História: a análise iconográfica e a dimensão