Fichamento Facchini
FACCHINI, Luiz Augusto; FASSA, Ana Cláudia; DALL’AGNOL, Marinel; MAIA, Maria de Fátima: Trabalho infantil em Pelotas: perfil ocupacional e contribuição à economia.
O artigo em epígrafe baseia-se em uma pesquisa, realizada no ano de 1998, com amostra de 4.924 indivíduos, os quais possuíam entre 6 e 17 anos, na cidade de Pelotas, cujo intuito era o de apontar qual o perfil ocupacional e a contribuição econômica decorrente do trabalho infantil, focando na idade, no gênero, na escolaridade e na situação econômica e social das correlatas famílias.
Inicialmente, os autores asseveram que o combate ao labor infantil vem sendo feito com maior veemência na última década, razão pela qual no Brasil houve uma redução de 30% no período, boa parte devido à consciência social dos direitos das crianças e dos adolescentes e ao aumento de programas de prevenção e erradicação do problema.
Ademais, além de apontarem que, em todo o mundo, existem 352 milhões de crianças e adolescentes, menores de 18 anos, laborando e que, no Brasil, são 9,3 milhões, entre 10 e 17 anos, os autores evidenciam que a escassez de estudos sobre a contribuição econômica decorrente do trabalho infantil à renda familiar se deve à dificuldade de obtenção de informações dos envolvidos quanto à inserção no trabalho, às tarefas desempenhadas, ao valor percebido, ao destino dos recursos obtidos, bem como quanto à transformação que sofrem essas crianças e adolescentes.
O presente estudo objetiva caracterizar as formas de labor infantil, como impactam os recursos obtidos na economia familiar e local, em um contexto de desindustrialização, crescente desemprego e trabalho informal, como o de Pelotas.
No tocante à metodologia empregada, os autores afirmam que realizaram o estudo através de um delineamento epidemiológico transversal de base populacional, detalhando os aspectos metodológicos da caracterização do labor infantil e de sua correspondente contribuição econômica.
O conceito de trabalho infantil