Fichamento dos tres primeiros capitulos de Meditações por René Descartes
DESCARTES, René. Meditações. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. Ed. Bertrade Brasil, 3ª Ed.
MEDITACÃO PRIMEIRA. Das Coisas que se Podem Colocar em Dúvida.
Logo no início da primeira meditação Descartes afirma que falsas opiniões são tidas como verdadeiras, e consequentemente duvidosas e incertas. Sendo necessário se desfazer de todas as opiniões adquiridas até então e começar tudo de novo desde os fundamentos. Então, com o espírito em liberdade e numa pacífica solidão Descartes se preocupa em destruir todas as suas antigas opiniões. A dúvida apresentada pelo filosofo se caracteriza como hiperbólica, traduzida como uma dúvida sistemática, ou seja, se algo nos engana uma primeira vez, é certo de que irá nos enganar outras vezes. Essa dúvida irá desencadear em um dos principais pontos filosóficos de Descartes, “Penso, logo existo.”. Considerando ser um homem, o filosofo representa em seus sonhos as mesmas coisas postas em vigília, ele coloca em questão, a possibilidade de estarmos dormindo e que tudo o que percebemos sejam apenas ilusões, e ainda assim nossas percepções serem verdadeiras e, portanto existentes. Também fala sobre a existência ou não de um Deus, Descartes se questiona sobre o surgimento de algo perfeito a partir do nada, afirma que um ser imperfeito não pode ser a causa da criação de um ser perfeito, e que mesmo Deus, sendo um ser muito bom, tem um gênio maligno que nos engana. Descartes finaliza a primeira meditação indicando como árduo e trabalhoso, a preguiça o faz retornar a sua vida ordinária. Descreve-se como escravo que gozava uma liberdade imaginária e que agora suspeita de que seja um sonho, e teme ser despertado a ser enganado por mais tempo.
MEDITAÇÃO SEGUNDA. Da Natureza do Espírito Humano; e de como Ele é Mais Fácil de Conhecer do que o Corpo.
Aqui Descartes estabelece a