Fichamento do texto o Rap e Funk
Por Patrícia Baptista, Aluna do 1º. Período de Serviço Social da MULTIVIX Serra
Lançando mão da dimensão simbólica, ou seja, da expressão por meio de símbolos e valores, como principal e mais visível forma de comunicação, nos últimos anos, os jovens veem se reunindo em torno de diferentes expressões culturais, numa forma de se expressar e de se colocar diante do mundo. No mundo da cultura com um espaço privilegiado e longe dos olhares repressores, os jovens buscam demarcar uma identidade juvenil. Assumem um papel de protagonistas deixando ser simples participantes e passando também a produtores, formando grupos musicais das mais diversas tendências, criando assim novas formas de mobilizar os recursos culturais da sociedade atual. Essa efervescência cultural foi constada tanto nas periferias, quanto entre os jovens de classe média, no qual eles vivem um determinado modo de serem jovens, produzindo e criando seus grupos musicais de estilos diversos, dentre eles o rap e o funk. Os autores, Mannheim e Melucci, recomendam que devamos estar atentos a essas expressões juvenis, no qual tornam visíveis as tensões e contradições da sociedade, ou seja, cabe a nós nos perguntarmos qual será o significando desse fenômeno? Será que isso tudo isso é um modismo ou algo que a indústria cultural está patrocinando? O que se propõe a discutir neste texto é que, hipoteticamente falando, há uma centralidade do consumo e da produção cultural para jovens, sendo assim um sinal de novos tempos apontando para novas formas de socialização. Foram tomados como objeto de análise os jovens da periferia de Belo Horizonte no qual participam de grupos musicais ligados aos estilos Rap e Funk.