Fichamento do texto: a instrumentalidade na intervenção do assistente social.
» O trabalho com alunos de graduação [...] tem apontado as dificuldades de apreensão que estamos acumulando, ao longo do tempo, em torno da questão da instrumentalidade. Tais dificuldades podem ser situadas em vários pontos, porém, nada é tão grave como incorrermos novamente no equívoco da automatização da técnica, confundindo a prática profissional com aquilo que ela parece ser. (p. 32)
» Se recordarmos rapidamente a trajetória histórica da profissão, veremos que a instrumentalidade foi tratada com ênfases variadas. (p. 32).
» A profissão no Brasil assume uma visão tecno-burocrática do fazer profissional. Ela expressa a visão de uma técnica autônoma capaz de conferir eficácia e eficiência às ações planejadas para a consecução de um plano “científico” de desenvolvimento elaborado por elites pensantes, do qual, aqueles a quem se quer desenvolver, de forma alguma participavam. (p.32)
» No interior do pensamento marxista vários autores assumem a visão de um determinismo social da técnica, afirmando que se ela foi gerada no capitalismo, só a ele poderá servir. Essa técnica existe apenas para o controle e dominação dos trabalhadores. (p. 33)
» [...] a técnica é a dominação sobre o homem e a natureza, desse modo, não está em sua exterioridade os fins a que se destina, mas em sua própria elaboração, nela está contido o interesse daquele que a produz. (p. 33)
» A alteração da direção do progresso das forças produtivas seria o caminho de superação do caráter de dominação da natureza embutido nessa técnica. (p. 33)
» [...] o mais grave, é que por nossas dificuldades no trato teórico, confundimos prática profissional com sua aparência, dada pela utilização da instrumentalidade na intervenção [...] (p. 33)
» [...] a técnica segue a própria lógica do trabalho humano, sendo a expressão de um agir