Fichamento do texto Uma Crise da Arte
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
“Por volta de 1520, todos os amantes de arte nas cidades italianas pareciam concordar em que a pintura atingira o auge da perfeição.” (p.277)
“Por muito que ele admirasse as maravilhosas obras dos grandes mestres vivos, certamente se perguntaria se era verdade que nada mais restava por fazer porque tudo o que a arte tinha possibilidade de realizar já estava feito. Alguns pareciam aceitar essa ideia como inevitável e estudavam com afinco para aprender o que Miguel Ângelo tinha aprendido e imitar sua maneira o melhor que podiam. “(p.277)
“Críticos mais recentes, compreendendo que esses jovens pintores tinham errado simplesmente porque imitaram a maneira e não o espírito das obras de Miguel Ângelo, dominaram o período durante o qual isso foi moda ‘período do maneirismo’.” (p.277-278)
“Vários artistas quiseram excedê-los em matéria de invenção. Empenharam-se em uma pintura plena de significação e sabedoria – tanta sabedoria, de fato, que ela se tornasse obscura, exceto para os mais doutos.” (p.278)
“Ainda outros queriam atrair a atenção fazendo suas obras menos naturais, menos óbvias, menos simples e harmoniosas do que as criações dos grandes mestres. Pareciam argumentar que essas criações eram realmente perfeitas – mas a perfeição não é eternamente interessante. Uma vez familiarizados com ela, deixa de causar qualquer excitação estética. Assim, visava-se agora o surpreendente, o inesperado, o insólito.” (p.278)
“A busca de novidade e de efeitos insólitos interferiu na finalidade precípua da arquitetura.” (p.279)
“Em sua vaidade, extravagância e temperamento irrequieto (...) Cellini é um verdadeiro produto de seu tempo. Para ele, ser artista já não era ser o respeitável e acomodado proprietário de uma oficina; era ser um virtuose por cujos favores príncipes e cardeais deveriam competir.” (p.279)
“As concepções de Cellini são típicas das