Fichamento do Texto “Nietzsche contra o Estado”

2602 palavras 11 páginas
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Acadêmica: Lívia Ferruzzi Possari
Teoria Política – Professor Rogério Portanova
Ficha de Leitura 20 (Nietzsche)

1 – Ficha Resumo

Fichamento do Texto “Nietzsche contra o Estado”

“Em algum lugar há ainda povos e rebanhos, mas não entre nós, meus irmãos: aqui há Estados”. Segundo Nietzsche, Estado é como a morte dos povos, sendo o mais frio dos monstros frios. Dizendo que ele é o povo, o Estado mente de forma fria. Quem arma ciladas para o povo e as chama de Estado são os aniquiladores. Quem cria povos e dá a eles uma crença e amor são os criadores e, com isso, o povo serve sua vida aos criadores. E onde ainda há povo, há ódio para o Estado (que é visto como um mau-olhado e um pecado contra os costumes e as leis). Para Nietzsche, o Leviatã é o guardião dos povos, mas ele é um monstro mentiroso e usurpador (e não um Deus). O Leviatã funciona como uma máquina fria de poderes, com a função de oprimir os povos e destruir suas vidas. Na visão de Nietzsche, a prática do Leviatã se reduz a uma cega dominação. É preciso que se estude e que se torne evidente o processo através do qual as pessoas que sofrem dos males do Leviatã têm a impressão de que isso é normal, ou seja, não lhes causa mais espanto tal escândalo. Portanto, Nietzsche se liga a uma “genealogia”, relevando os momentos que permitiram que forças dominadoras (Estados) tomassem a dianteira sobre a vida e criatividade de todos. Tal investigação genealógica é como uma pesquisa sobre o como a política se tornou bastarda (ou deturpada, falsa, corrompida). Somente após essa investigação é possível retornar a traçar as características do Estado contemporâneo, fazendo uma denúncia à natureza perniciosa (ou seja, fatal, maligna, danosa) dos nacionalismos, da democracia, do socialismo e dos tipos e técnicas de governo. Em sua penúltima obra (O Crepúsculo dos Ídolos), Nietzsche apresenta característica pessimista, assim como Sócrates e Platão

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