Fichamento do texto de Edson Mahfuz: Fachadas Contemporâneas
Até o inicio do século XX, era a fachada que sustentava os edifícios, por isso o tamanho de suas aberturas e a espessura da mesma. A fachada pré-moderna, tem como principal característica a o cheio sobre os vazios, ou seja, a área com aberturas é sempre menor que a de alvenaria. Nessas condições, era possível resolver as condições climáticas dos edifícios, que era consequência dessas aberturas e do tamanho delas. Por exemplo, em locais de extremo frio, era comum grandes aberturas para facilitar a captação de luz, o contrário em países com clima mediterrâneo, aonde essas aberturas eram pequenas e poucas.
Podemos dizer também que o edifício clássico, é uma caixa de alvenaria em que se aplicavam os elementos das ordens clássicas, sendo que no final do século XIX, isso é mantido. Parte da crise arquitetônica que ocorreu na segunda metade do século XIX, se deve principalmente a constatação de que os repertórios ornamentais aplicados a arquitetura, já não tinham a mesma capacidade de comunicação de séculos passados.
A fachada tradicional foi alterada de forma radical, o que representou uma ruptura metodológica com o classicismo. Sendo que na arquitetura moderna, a legitimidade de uma obra só pode ser encontrada no âmbito do projeto, cuja constituição como artefato segue leis que lhe sessão próprias.
Isso serviu para gerar uma transformação radical nos artefatos arquitetônicos. Enquanto na arquitetura clássica temos relação com o exterior, paredes grossas, entre outros, na arquitetura moderna, os subsistemas podem ser isolados e abstraídos.
Nas primeiras décadas do século XX, houve a ampliação das possibilidades de projeto das fachadas, sendo que no primeiro momento, generalizou o aumento no número de aberturas por fachada, nelas vê-se a redução dos trechos opacos de alvenaria e o