Fichamento do manifesto do partido comunista
Assim como a burguesia se desenvolveu, o proletariado também o fez, e é esse proletariado que –segundo Marx e Engels- eventualmente destruirá a burguesia.
Os proletários vivem à medida que conseguem trabalho, e só conseguem trabalho à medida que seus empregadores expandem seu capital. Eles são uma mercadoria, vulneráveis às variações do mercado.
Devido ao desenvolvimento, à modernização do maquinário e à nova divisão do trabalho, a labuta do proletariado perdeu seu “encanto” dos tempos da Idade Média; o trabalhador passa a ser apenas um apêndice da máquina. E ainda, enquanto o trabalho se torna mais monótono, cada vez mais os salários se reduzem. “Os custos do trabalhador se resumem aos meios de subsistência de que necessita para se manter e se reproduzir” (páginas 19 e 20, edição de 2008).
O trabalhador é descrito como um soldado e um escravo, simplesmente um instrumento detentor de força de trabalho, com distinções de sexo e idade perdendo a importância - apenas interferem no seu “preço”.
O proletário não é explorado exclusivamente pela burguesia industrial: “Uma vez terminada a exploração do operário pelo fabricante mediante o pagamento do salário em dinheiro, caem sobre ele as outras parcelas da burguesia: os proprietários de imóveis, o dono da mercearia, o agiota, etc.” (página 21, edição de 2008)
A luta da classe proletária contra a burguesia se iniciou a partir do momento do seu surgimento. Com o desenvolvimento da indústria, o proletariado cresceu em número, se fortaleceu e se concentrou. Nesse processo, ocorreu certa uniformização da classe operária em geral, com condições de trabalho e reduções de salário similares em diversos lugares. “Os trabalhadores começam a formar associações contra a burguesia; lutam juntos para assegurar seu salário” (página 23, edição de 2008).
Apesar de tal organização operária estar em constante risco de ser destruída pela competição entre tais proletários, ela renasceria fortalecida,