FICHAMENTO DO LIVRO “INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA SOCIOLOGIA”
Introdução: cientificismo e organicismo
O positivismo foi a primeira corrente a definir a especificidade do estudo científico da sociedade, distinguindo-se das outras ciências e adquirindo um espaço próprio à ciência da sociedade, sendo representada e sistematizada primeiramente pelo francês August Comte. Derivado do cientificismo baseou-se na interpretação da realidade através das leis naturais para substituir as explicações teológicas, filosóficas e de senso comum por meio das quais o homem explicava a realidade. A crença na origem natural do mundo físico e do mundo social tende a aproximá-los. Essa tentativa de derivar as ciências sociais das ciências físicas fez com que o nome atribuído por Comte às suas análises das ciências sócias fosse “física social”, antes do termo sociologia. Consoante a essa análise a sociedade foi concebida como um organismo constituído de partes integradas e coesas que funcionavam harmonicamente, segundo um modelo físico e ou mecânico. Assim, o positivismo também foi chamado de organicismo. (págs. 46/47)
O darwinismo social
Expandindo-se a Revolução Industrial pela Europa, ocorreu a total degradação do feudalismo e consolidou-se a sociedade capitalista, cuja base é a indústria. Transformações na livre concorrência, devido às sucessivas crises de produção, ocasionam no surgimento de monopólios e oligopólios, que associados ao capital dos grandes bancos originam o capital financeiro. Em momentos de crise ocorria o fim de pequenas indústrias para dar espaço às maiores. Expandir para fora dos limites da Europa era a saída para aquelas indústrias. Assim, o capital financeiro precisava de novos mercados para crescer sem causar novas crises, desencadeando, assim, a corrida imperialista e a partilha da África e da Ásia. Tinha-se, assim, matéria prima, mão-de-obra barata e pequenos mercados consumidores. Houve, então, um choque de culturas e consequentemente a imposição da cultura