Fichamento do livro Fedro
Fedro conta a Sócrates sobre o discurso de Lísias muito entusiasmado, perguntando a opinião do mesmo com relação ao discurso e sobre o assunto tratado, o amor. Até que eles vão para fora dos muros da cidade para discutirem sobre o assunto.
O discurso de Lísias sobre o amor – 231:
Sócrates pede para que Fedro diga-lhe sobre o discurso que o tanto o entusiasmou, e assim ele começa a falar sobre o amor:
“Os amantes ao saciarem a sua concupiscência arrependem-se das vantagens que ofereceram, ao passo que, para os que não amam, nunca chega o momento em que tiveram motivos para o arrependimento.”
Comentário: Lísias durante o seu discurso afirma que os apaixonados se utilizam da paixão como “desculpa” para realizarem devidos atos; que eles se arrependem pelo fato de terem realizado algo no momento da paixão, que só fizeram aquilo por estarem apaixonados, para servirem a sua pessoa amada (ações momentâneas). Já os que não amam, não possuem o arrependimento porque não realizaram essas vantagens para alguém com a justificativa da paixão ou porque foram movidos pela necessidade, mas voluntariamente. Lísias também afirma que os apaixonados justificam seus desleixos para com os negócios ou para com as pessoas devido ao fato de estarem apaixonados , alegando estão “doentes do espírito e que já não possuem bom senso”. Já os não apaixonados não alegam disso por esses males serem desconhecidos para eles, assim aproveitam cada momento com as pessoas para se mostrarem gentis.
232 – “(...) os apaixonados julgam que todos os invejam, assim como eles tem inveja uns dos outros; são por isso orgulhosos e contam a todos que os seus esforços não foram vãos. Aqueles a quem a paixão não cega, preferem, porém, o bem da união amorosa à fama que a mesma pode ter perante esses homens.”
Comentário: Neste trecho Lísias utiliza como uma “justificativa” antecedendo da parte em que fala que os apaixonados não consentem que seus amados tenha amigos por medo de que