FICHAMENTO DELEUZE CRISTINA DE O
O que é a Filosofia? Deleuze e Guatarri, 1992, Tradução Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Munoz
Cristina de Oliveira Magalhães
Faculdade de Educação
Universidade Federal do Ceará
Março de 2015
Introdução:
“Talvez só possamos colocar a questão O que é a filosofia? tardiamente, quando chega a velhice e a hora de falar concretamente. Esta é uma questão que enfrentamos numa agitação discreta, à meia-noite, quando nada mais resta a perguntar.” (Deleuze e Guatarri, 1992, p.7-24)
“Não estávamos suficientemente sóbrios. Tínhamos muita vontade de fazer filosofia, não nos perguntávamos o que ela era, salvo por exercício de estilo; não tínhamos atingido este ponto de não-estilo em que se pode dizer enfim: mas o que é isso que fiz toda a minha vida? Há casos em que a velhice dá, não uma eterna juventude mas, ao contrário, uma soberana liberdade, uma necessidade pura em que se desfruta de um momento de graça entre a vida e a morte, e em que todas as peças da máquina se combinam para enviar ao porvir um traço que atravesse as eras.” (Deleuze e Guatarri, 1992, p.7-24)
“O chão se abre sob nossos pés e experimentamos a vertigem do pensamento.” (Deleuze e Guatarri, 1992, p.7-24)
“Simplesmente chegou a hora, para nós, de perguntar o que é a filosofia. Nunca havíamos deixado de fazê-lo, e já tínhamos a resposta que não variou: a filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos. Mas não seria necessário somente que a resposta acolhesse a questão, seria necessário também que determinasse uma hora, uma ocasião, circunstâncias, paisagens e personagens, condições e incógnitas da questão. Seria preciso formulá-la "entre amigos", como uma confidência ou uma confiança, ou então face ao inimigo como um desafio, e ao mesmo tempo atingir esta hora, entre o cão e o lobo, em que se desconfia mesmo do amigo. É a hora em que se diz: era isso(...)” (Deleuze e Guatarri, 1992, p.7-24)
“Os conceitos, como veremos, têm necessidade de personagens conceituais que