Fichamento de transcrição
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. São Paulo: Cortez, 2002. p. 47-61. Guilherme Pereira Lima Filho
Diretrizes para leitura e interpretação de textos acadêmicos
“Habituados à abordagem de textos literários, os estudantes, ao se defrontarem com textos científicos ou filosóficos, encontram dificuldades logos julgadas insuperáveis e que reforçam uma atitude de desânimo e de desencanto, geralmente acompanhada de um juízo de valor depreciativo em relação ao pensamento teórico.” (p. 47)
“Nesses casos, conta-se tão-somente com as possibilidades da razão reflexiva, o que exige muita disciplina intelectual para que a mensagem possa ser compreendida com o devido proveito e para que a leitura se torne menos insípida.” (p. 48)
“Pode-se partir da consideração de que a comunicação se dá quando da transmissão de uma mensagem entre um emissor e um receptor”... (p. 59)
“Para ser transmitida, porém, deve ser antes mediatizada, já que a comunicação entre as consciências não pode ser feita diretamente; ela pressupõe sempre a mediatização de sinais simbólicos. Tal é, com efeito, a função da linguagem.” (p. 40)
“Ao escrever um texto, portanto, o autor (o emissor) codifica sua mensagem que, por sua vez, já tinha sido pensada, concebida e o leitor (o receptor), ao ler um texto, decodifica a mensagem do autor, para então pensá-la, assimilá-la e personalizá-la, compreendendo-a: assim se completa a comunicação.” (49)
Comentário O capítulo três do livro Metodologia do Trabalho Científico, de Antônio Joaquim Severino, tem como objetivo: mostrar como decodificar a mensagem que um autor transmite através de seus textos, seja eles científicos ou filosóficos, já que este é o principal problema enfrentado pelos estudantes; e fazer com que o leitor desenvolva um raciocínio lógico à medida