Fichamento de textos sobre Análise de Discurso
ORLANDI, Eni P. Análise de Discurso. Princípios e procedimentos. 3. ed. São Paulo: Pontes, 2001;
MUSSALIN, F. Análise do Discurso. In: MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (orgs.) Introdução à linguística: domínios e fronteiras. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2006, vol. 2, p. 101-142;
ANÁLISE DE DISCURSO
Surgiu na França nos anos 1960, com Michel Pêcheux, tendo como intuito romper a hegemonia dos estudos da língua como sistema abstrato que se preocupava apenas com estruturas gramaticais e formais, sem relacionar a linguagem à sociedade e aos sujeitos que interagem através dela. À Análise do Discurso interessa compreender as condições de produção dos textos e das práticas de comunicação em todas as situações possíveis. Para tanto, ele sugere que as ciências se confrontem, particularmente a história, a psicanálise e a linguística. Este espaço de discussão e compreensão é chamado de entremeio, e o objeto que é estudado aí é o "discurso". Assim, é no entremeio das disciplinas que podemos propor a reflexão discursiva.
I O DISCURSO
A linguagem em questão
- A AD procura compreender a língua fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico;
- Leva em conta a língua no mundo, homem na sua história, os processos e as condições de produção da linguagem;
- Trabalha a relação entre língua-discurso-história;
- Para AD não há discurso sem sujeito, nem sujeito sem ideologia: o indivíduo é interpelado pela ideologia e é assim que a língua faz sentido;
Filiações teóricas
- A AD é herdeira de três regiões do conhecimento: Psicanálise, Linguística e Marxismo;
Discurso
- O discurso é o efeito de sentido entre locutores, e não corresponde à fala;
- Não é a transmissão de informação apenas, pois, no funcionamento da linguagem, que põe em relação sujeitos e sentidos afetados pela língua e pela história, temos um complexo processo de constituição desses sujeitos e produção de sentidos e não meramente transmissão de informação; “[...] o discurso não é