Fichamento de Lowy
De Michel Lòwy
Nesta obra, Lòwy pretende fazer uma introdução da sociologia do conhecimento, aprofundando-se nas três principais correntes existentess: o Positivismo, o Historicismo e o Marxismo. O autor busca, assim, apresentar a problemática da possibilidade de um conhecimento verdadeiramente objetivo, de uma relação neutra entre sujeito e objeto, que se inicia com os Positivistas franceses e vai até o Marxismo crítico da Escola de Frankfurt.
Positivismo
O Positivismo foi a primeira vertente da sociologia do conhecimento. Seus autores acreditavam, simplificadamente, em três premissas básicas: 1) que a sociedade é regida por leis naturais e invariáveis; 2) as ciências da sociedade, então, podem ser estudadas pelas mesmas “demárches” das ciências naturais; 3) é possível um conhecimento objetivo e axiologicamente neutro, sem influências externas de qualquer preconceito do cientista. Inicialmente uma utopia revolucionária, o Positivismo foi muito importante como instrumento de luta contra o obscurantismo clerical, as doutrinas teológicas, os argumentos de autoridade, os axiomas a priori da Igreja, os dogmas imutáveis da doutrina social e política feudal. Posteriormente, contudo, a chegada da burguesia ao poder transformou a face do Positivismo, uma vez que este sempre foi uma ideologia burguesa. Tornou-se, então, uma ideologia no sentido que cita Manheimm: conjunto de ideias estabelecidas pela classe dominante. Busca, nesse novo momento, a manutenção do poder burguês, dizendo que como a sociedade é regida por leis naturais, é natural também o domínio burguês. Como pensador principal desta segunda fase, temos Augusto Comte, pai do Positivismo moderno ( ideologia convervadora) e, posteriormente, o sociólogo Durkheim. Com o passar do tempo, o Positivismo foi alvo de críticas veementes dos outros ramos da Sociologia do Conhecimento, o Historicismo e