Fichamento de conteúdo textual - São Paulo: Segregação e Desigualdade
O maior problema do Brasil não é a pobreza, mas a desigualdade e a injustiça a ela associada. Desigualdade econômica e desigualdade de poder político. A segregação é a mais importante manifestação espacial-urbana da desigualdade que predomina em nossa sociedade, a forma mais clássica é os ricos no centro e os pobres na periferia.
A segregação versus é fruto de círculos concêntricos, com os mais ricos no centro e os mais podres na periferia. As criações dos condomínios fechados são o estudo de segregação moderna, “produto” imobiliário com a questão da segurança.
O centro deveria crescer mais em todas as direções. No entanto, há mais de um século isso não ocorre em nossas metrópoles.
A segregação dever ser analisada por região da cidade, relação entre espaço e a sociedade. As metrópoles têm centenas de bairros, e a segregação por bairro perde seu poder explicativo.
Em São Paulo há região Sudoeste ocorre uma excepcional concentração das classes de mais alta renda, até o clima que supostamente não é obra do homem é mais ameno no Quadrante Sudoeste, por essa região ter muito mais parques e ser mais arborizada do que o restante da Cidade. No Rio de Janeiro, as camadas de mais alta renda se apossaram das regiões ambientalmente mais favoráveis desde o final do sec. XIX, hoje conhecidade como Zona Sul.
Naturalização dos processos sociais é a ideia de que o centro da cidade tem edifícios obsoletos e que estão se deteriorando, um processo natural. Essa ideia esconde o processo real rotulado de “Decadência”. A responsabilidade é da classe dominante, pois essa classe abandonou o centro, dele tirando suas lojas, escritórios, cinemas e suas moradias. A partir do momento que o centro deixa de ser patrocinado pelas elites e passa a ser patrocinado pela maioria popular, cria-se a ideia que ele esta se deteriorando. Quando a maioria toma conta do centro, cria-se a ideia de que esse não é mais o centro