Fichamento de Citações - Heródoto, as tiranias e o pensamento político nas histórias
“Me deparei com dois tipos de perspectivas sobre a tirania na Grécia: uma que a entende como um período de transição imprescindível para o estabelecimento da democriacia, e outra que a entende como a pior das formas de governo.” (CONDILO, 2010, p.35).
“Aqui, argumento que o caráter ambíguo e complexo no que tange a questão dos juízos valorativos sobre a tirania deriva do embate tirania versus democracia, o qual constituía um apanágio da identidade política e de questões políticas atenienses. (CONDILO, 2010, p.36).
A tirania na Grécia arcaica (séculos VIII-VI a.C) (p.36)
“[...] As tiranias surgiram em comunidades prósperas economicamente e isto fez com que houvesse um fortalecimento no poderio naval. As mudanças que ocorreram no exército também exerceriam influência na conjuntura que levaria ao aparecimento das tiranias. Estas mudanças ficariam conhecidas como reforma hoplítica. [...] Na qual a adoção da falange aponta a passagem da guerra aristocrática para o combate coletivo, a guerra cívica por excelência.” (CONDILO, 2010, p.36-37).
“Essa longa e gradual mudança da organização militar, que incidirá na formalização do exército, terá grande impacto nas mudanças que simultaneamente ocorriam na polis, afinal, as possíveis implicações de status e participação política decorrentes dessa reforma influenciarão e coincidirão com o processo de formalização das própias instituições políticas.” (CONDILO, 2010, p.37).
“Essas mudanças no exército e suas relações com as alterações nas estruturas sociais da época fizeram com que alguns estudiosos propusessem uma teoria que defendia uma relação direta entre a tirania e a falange. Segundo ela, os tiranos teriam ascendido ao poder com a guarda e possivelmente no intuito de promover os interesses da “classe” dos hoplitas, ou que teriam sido eles, os tiranos, que introduziram a falange como forma de combate.” (CONDILO, 2010, p.38).
“O fator