Fichamento da obra “Bruxaria, Oráculos e Magia Entre os Azande” de E. E. Evans Prichard
1668 palavras
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Fichamento da obra “Bruxaria, Oráculos e Magia Entre os Azande” de E. E. Evans PrichardO antropólogo Evans-Prichard aborda as sociedades não como sistemas orgânicos, mas como sistemas simbólicos. Assim, ao apresentar suas ideias sobre bruxaria, insiste em desvendar qual é sistema simbólico zande por meio de uma minuciosa descrição do sistema de bruxaria Azande. Para o autor, a magia serviria como reguladora moral e social dentro dessa sociedade (quase que) imóvel. Neste sentido, a bruxaria traria à tona uma imensidão de dados da sociedade zande, tais como suas classificações sociais hierárquicas, as relações de parentesco, além dos conflitos existentes dentro dessa sociedade, e assim por diante. A magia é apresentada como paradgmática, no sentido de que ela não existiria por si só, mas somente nas relações sociais que a tornam autêntica, sendo que o que existiria por trás dessas relações seria o “objeto de estudo” em questão.
- Ideias presentes no texto, que considero importante destacar
- Fundamentação geral de bruxaria, oráculos e magia:
“Bruxaria, oráculos e magia são como os três lados de um triângulo. Os primeiros determinam quem prejudicou ou vai prejudicar outra pessoa por meio de bruxaria e se a bruxaria paira sobre o futuro de uma pessoa (...) Se a bruxaria atrapalha a realização de um projeto, ela pode ser contornada abandonando-se o projeto até surgirem condições mais propícias, ou descobrindo-se o bruxo cuja malignidade ameaça a empresa e persuadindo-o a desistir” (Pág. 186)
- Ideia presente de que existiria uma certa “lógica” por trás da magia, porém, o que limitaria o avanço da racionalidade dos Azande seria o fato de concentrar-se em algo tão “inapropriado”quanto a bruxaria/magia:
“O zande não acredita no poder terapêutico dos advinhos simplesmente porque teria uma propensão especial a crer em coisas sobrenaturais; pelo contrário, ele sempre remete qualquer ceticismo ao teste da experiência (...) O zande replica os juízos ceticos de