Fichamento da obra: DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas.
DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.
O livro constitui uma tentativa de fornecer estratégias para a construção do conhecimento (p. 9). A metodologia científica constituiria instrumento fundamental para construir o conhecimento e formar uma competência inovadora (p. 9-10). A proposta é, portanto, a busca por um conhecimento que saia da lógica educacional reprodutiva (p. 10).
A mais decisiva condição para o desenvolvimento é o manejo e a produção de conhecimento (p. 10). No Brasil a situação da educação é considerada, pelo autor, bastante precária, de maneira que a questão educacional constitui verdadeiro desafio (p. 10-11). A educação constitui o eixo tanto da questão do desenvolvimento econômico quanto da cidadania (p. 11).
A educação, para ser verdadeiramente emancipadora, precisa constituir-se como construção de conhecimento (p. 12). E esta é a arma primordial na equalização de oportunidades (p. 12).
A proposta educacional deve ser revista, assim, em atenção ao compromisso construtivo, isto é, uma educação capaz de ensinar a aprender (p. 15-16). A pesquisa surge, portanto, como espaço privilegiado para o advento do novo.
Segundo o autor, há mais acordos em relação ao que não é ciência, a exemplo do senso comum e da ideologia. A marca diferencial da ciência é o questionamento sistemático, de sorte que podemos dizer que fazer ciência é questionar com rigor (p. 16-17), numa visão que não vê a ciência como fim de si mesma (isto é, que não está completamente desvinculada de uma ideologia) (p. 19-20).
Somente pode ser científico o que for discutível (p. 21), de maneira que o questionamento sistemático, inserindo-se na busca por uma construção da verdade (isto é, de uma pretensão de validade), não pode deixar de supor, conjuntamente com a lógica da crítica, a lógica da contra crítica (p. 22). Aliada à questão da crítica está, ainda, a