Fichamento da evolução urbana do brasil
A política urbanizadora deve ser entendida neste texto como uma esforço para controlar as transformações que ocorrem num processo de urbanização. O objetivo é demonstrar que a política urbanizadora tem como decorrência direta uma rede ou sistema urbano e que ambas determinam os papéis que os centros urbanos vão desempenhar no sistema. A política portuguesa para o Brasil, procurava utilizar ao máximo os recursos de particulares – colonos e donatários – sem prejudicar os programas das Índias, que ocupavam então o melhor de seus esforços. Pode-se afirmar que o estabelecimento do regime de capitanias, estimulando a fixação de europeus nas novas terras, visava alcançar não apenas a sua ocupação mas também a urbanização, como a solução mais eficaz de colonização e domínio. Como resultado dessa política, das trinta e sete povoações, entre vilas e cidades, apenas cerca de sete o seria, por conta da Coroa, cabendo as demais aos donatários e seus colonos. Nas capitanias pertencentes à Coroa, cabiam exclusivamente a essa as tarefas de urbanização, reservando-se ao rei os atos relativos à criação ou à elevação dos povoados à condição de vilas e cidades. Os núcleos de maior importância, fundados como cidades, eram instalados somente nesses territórios, ficando os seus habitantes subordinados diretamente ao Governo Geral. Eram as chamadas cidades reais. As cidades, funcionavam como centros regionais. Essa política, iniciada com a fundação da cidade de Salvador, teve continuidade com a construção do Rio de Janeiro e, logo depois, de São Luis e Belém. Já nos primeiros anos, a Metrópole fornece ao governo central arquitetos e engenheiros militares, para as obras de maior importância. Luiz Dias, mestre de obras e arquiteto de Tomé de Souza, com a responsabilidade de dirigir a construção da cidade de Salvador, recebe ordens diretamente do