Fichamento Cr tico 1
A política de D. João VI e a primeira tentativa de industrialização no Brasil
A autora Nícia Vilela inicia o texto com um panorama resumido sobre o contexto do início da industrialização no Brasil. Esta começa a se tornar possível com a revogação do alvará de 1785, Alvará de D. Maria I, que proibia a manufatura no Brasil. Há vários motivos para a criação deste alvará, entre eles estão: a atividade econômica de Portugal era a exportação de produtos manufatureiros para o Brasil; as pessoas deixariam de trabalhar nas lavouras para serem operários das manufaturas, o que prejudicaria a Coroa Portuguesa já que as lavouras eram importantes para ela; a mão-de-obra nas fabricas são assalariadas, o que faz diminuir o tráfico de escravos (outra atividade essencial para a economia da metrópole). Com a revogação começam a ocorrer as primeiras tentativas legais de industrialização, que tem como objetivo incrementar a riqueza da nação, valorizando os produtos naturais e promovendo um desenvolvimento demográfico. Como estimulo tinha-se o exemplo da Inglaterra, que tinha a manufatura como ordem estimulante de sua economia. Apesar do insucesso, a autora explica que os primeiros ensaios tem grande significado, pois introduzem métodos de proteção, já ultrapassados, que se manterão ao longo do século XIX. Para entender o motivo dessa atitude é importante uma análise da política industrial de D. João VI. As primeiras tentativas de manufaturas possuíam assistência do Estado, que era representado por uma Monarquia Absolutista, com uma política econômica mercantilista e tendo como estrutura político-administrativa o Antigo Regime. O Príncipe Regente, D. João, utilizou aqui métodos semelhantes aos de Pombal – incentivo fiscal, promover a diversidade de manufaturas, garantir o monopólio e gerar competitividade no mercado – e ao sistema de Colbert – regular e proteger a economia para incentivar as atividades econômicas, garantir a circulação de mercadorias, proibir