Fichamento Cortiços
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: ESTUDOS SOCIOECÔNOMICOS E AMBIENTAIS II
“Cortiços”
Referências bibliográficas: CHALHOUB, Sidney. A cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo. Cia das Letras, 1996.
Palavras-chave: classes pobres, higienistas, salubridade, epidemias, crescimento, Rio de Janeiro.
Fichamento: O texto começa descrevendo o Cabeça de Porco, famoso cortiço no Rio de Janeiro, onde na entrada principal podia-se observar um grande portal, ornamento com a figura de uma cabeça de porco, atrás havia um corredor central e duas longas alas com mais de uma centena de casinhas. Além dessa rua principal podia-se observar outras ramificações com mais moradias e várias cocheiras. O conjunto chegou a ser habitado por cerca de quatorze mil pessoas, quando uma ala do cortiço foi interditada pela Inspetoria Geral de Higiene, a Gazeta de notícias acreditava que esse número caiu para quatrocentas pessoas, porém outros jornais da época afirmavam que duas mil pessoas ainda habitavam o local. Os proprietários receberam uma intimação da Intendência Municipal para o despejo dos moradores e a demolição das casinhas, como a intimação não foi obedecida o prefeito da época, Barata Ribeiro, prometeu dar um fim no cortiço à força. Foi assim que uma tropa do primeiro batalhão de infantaria invadiu a estalagem proibindo a entrada ou a saída de qualquer pessoa. Algumas autoridades estiveram presentes no dia da “decepação” do Cabeça de Porco. Concluído o bloqueio policial à estalagem, e posicionados os técnicos e autoridades, surgiram mais de cem trabalhadores da Intendência Municipal armados com picaretas e machados. Um grupo de bombeiros irrigava as casas e os terrenos suavizando as densas nuvens de poeira que começavam a se levantar. O Cabeça de Porco, assim como os cortiços do centro do Rio de Janeiro em geral, era tido pelas autoridades da época como um “valhacouto de desordeiros”. E mesmo