fichamento conceitos e temas
Desde a antiguidade que o termo escala encontra-se incorporado ao vocabulário e ao imaginário geográfico que qualquer discursão a seu respeito parece desprovida de sentido, ou mesmo de utilidade. Na geografia, o raciocino entre escalas cartográficas e geográficas teve algumas desavenças no conceito, por conta que a primeira satisfazia as necessidades empíricas da segunda.
(p..118) *A abordagem geográfica do real enfrenta o problema simples do tamanho, que varia do espaço local ao planetário, esta variação de tamanhos e de problemas não é somente da geografia*.
/ Para a autora o geógrafo tem dificuldades em se fazer entender quando utiliza termos grandes e pequenas escalas para tentar demonstrar superfícies de tamanhos diferentes, no caso o exemplo é o local como grande escala e o mundo em pequena. A escala como questão propõe a necessidade de coerência entre o percebido e o concebido./ A solução cartográfica amplamente utilizada na geografia, está longe de esgotar as possibilidades do conceito, reduzir escala a tamanho é uma verdade que não precisa provada que pressupõe o problema imediato de representar, que pode ir, teoricamente, da escala 1:1 até uma redução que permite colocar o mundo numa pequena ilustração de um canto de pagina. A análise geográfica dos fenômenos requer objetivar os espaços na escala em que são percebidos. Este pode ser um enunciado ou um ponto de partida para considerar. A escala enquanto problema epistemológico e metodologia tem sido tema de reflexão de alguns geógrafos, embora em número menor do que seria esperado, tendo em vista sua importância para a compreensão da essência de algumas questões com as quais se defrontam os estudiosos da organização espacial.
*LACOSTE (1976) explicitou que diferenças de tamanho da superfície implicavam em diferenças quantitativas e qualitativas