Fichamento Ciencia e Politica
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WEBER, M (2000). A política como vocação. In: Ciência e Política: Duas Vocações. 16ªed. São Paulo, Ed Cultrix. pp.55-124.
“Excluamos, portanto, de nosso objetivo, quaisquer indagações como: que política devemos adotar? ou que conteúdos devemos emprestar a nossa atividade política? Com efeito, indagações dessa ordem nada têm a ver com o problema geral que me proponho examinar nesta oportunidade, ou seja: que é a vocação política e qual o sentido que pode ela revestir? [...]” (p.55).
“Que entendemos por política? O conceito é extraordinário amplo e abrange todas as espécies de atividade diretiva autônoma. [...] Entenderemos por política apenas a direção do agrupamento político hoje denominado “Estado” ou a influência que se exerce em tal sentido.” (p.55).
“Mas que é um agrupamento “político”, do ponto de vista de um sociólogo? O que é um Estado? Sociologicamente, o Estado não se deixa definir por seus fins[...], o Estado não se deixa definir a não ser pelo específico meio que lhe é peculiar, tal como é peculiar a todo outro agrupamento político, ou seja, o uso da coação física.” (p.55-56 – Itálico no original).
““Todo Estado se funda na força”, disse um dia Trotsky a Brest-Litovsk. E isso é verdade. Se só existissem estruturas sociais de que a violência estivesse ausente, o conceito de Estado teria também desaparecido e apenas subsistira o que, no sentido próprio da palavras, se denomina “anarquia”. A violência não é, evidentemente, o único instrumento de que se vale o Estado – não haja a respeito qualquer dúvida - , mas é seu instrumento específico. Em nossos dias, a relação entre o Estado e a violência é particularmente íntima.” (p.56).
“ [...] Em nossa época, entretanto, devemos conceber o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território – a noção de território corresponde a um dos