Fichamento Ciencia Como Vocacao
P. XLVI
(46)
Diferença entre as entre o início de carreira acadêmica na Alemanha e nos EEUU.
Alemanha: pesquisador recém-formado se inicia como Privatdozent, sem receber salário regular da Universidade, cobrando dos alunos por cabeça.
Estados Unidos: sistema burocrático no qual o jovem é remunerado ao nível de um operário semiqualificado.
“Weber insistia que os pesquisadores que tivessem obtido o título com ele que fizessem seus concursos em outra universidade para garantir a imparcialidade e objetividade no julgamento.” Hoje existe uma “tendência inarredável à burocratização nas universidades e seus institutos de pesquisa” (capitalistas estatais). Os diretores dos institutos acreditam que o instituto é realmente dele, criando uma dependência do pesquisador para com o administrador, esta é uma tendência de americanização.
P. XLVII Nem sempre é possível se tornar professor de uma Universidade por meio de suas
(47)
qualidades pessoais, o papel do acaso e do capital de relações sociais pode ser decisivo.
“Não seria justo culpar as inadequações pessoais das congregações ou dos funcionários dos ministérios de educação pelo fato de que tantas mediocridades desempenhem papel tão destacado nas universidades”.
Isso é resultado da interação entre organizações, entre a Congregação que recomenda a nomeação e o Ministério de Educação.
P.
XLVIII
(48)
A ciência e a erudição exigem a vocação de quem a elas se dedica, isso pressupõe uma aristocracia intelectual fundada na dedicação ao saber e à pesquisa. “Aquele a quem falta a capacidade de (...) pôr antolhos” (maneira de ver limitada ou redutora) “ em si mesmo e de convencer-se de que o destino de sua alma depende de ser correta sua interpretação particular de determinada passagem de um manuscrito estará sempre alheio à ciência e à erudição”. É preciso também uma paixão para realizar seu trabalho com dedicação, mas, esta paixão ou inspiração não garantem