Fichamento cap. XIII e XIV O Leviatã
O LEVIATÃ – THOMAS HOBBES
CAP. XIII
Da condição natural do gênero humano no que concerne à sua felicidade e desgraça.
“A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não possa também aspirar, tal como ele.”
Hobbes inicia o capitulo falando que os homens são iguais, tanto na faculdade do corpo e da mente. Um homem mais fraco pode matar o mais forte através de maquinações. Quanto a mente, o pensamento dos homens se cruzam em muitos aspectos. As pequenas diferenças existente não são consideradas quando se considera o conjunto de pessoas. Por esses interesses semelhantes os homens tornam-se inimigos, pois não podem ter e usufruir das mesmas coisas.
“Por outro lado, os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros (e sim, pelo contrário, um enorme desprazer), quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito. Porque cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele se atribui a si próprio e, na presença de todos os sinais de desprezo ou de subestimação, naturalmente se esforça, na medida em que a tal se atreva (o que, entre os que não têm um poder comum capaz de os submeter a todos, vai suficientemente longe para levá-los a destruir-se uns aos outros)”.
Nesse trecho, o pensador diz que os homens desprezam a companhia dos outros, visto que não dão o mesmo valor a si próprio. Isso faz com que surja a desconfiança mútua e as três principais causas de discórdia: a competência, a desconfiança e a glória. Portanto enquanto não haja um poder capaz de regular a vida dos homens, existe uma guerra de todos contra todos, não no sentido estrito