Fichamento cap. 1 casa grande & senzala
Cap. I
“Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio – e mais tarde de negro – na composição. (...) P. 79
“ A singular predisposição do português para a colonização híbrida e escravocrata dos trópicos, explica-a em grande parte o seu passado étnico, ou antes, culutral de povo indefinido entre a Europa e a África. (...) P. 80
“A mobilidade foi um dos segredos da vitória portuguesa; sem ela não se explicaria tem um Portugal quase sem gente, um pessoalzinho ralo, insignificante em número (...) conseguido salpicar virilmente do seu resto de sangue e de cultura populações tão diversa e a tão grandes distância uma das outras: na Ásia, na África, na América, em numerosas ilhas e arquipélagos. (...) “ P. 83
“(...) o nosso lirismo amoroso não revela outra tendência senão a glorificação da mulata, da cabocla, da morena celebrada pela beleza dos seus olhos, pela alvura dos seus dentes, pelos seus dengues, quindins e embelegos muito mais do que as “virgens pálidas” e as “louras donzelas”. (...)
“Outra circunstância ou condição favoreceu o português, tanto quanto a miscibilidade e a mobilidade, na conquista de terras e no domínio de povos tropicais: a aclimatabiliade.” P.85
“(...) os portugueses triunfaram onde outros europeus falharam: de formação portuguesa é a primeira sociedade moderna constituída nos trópicos com característicos nacionais e qualidades de permanência. Qualidades que no Brasil madrugaram, em vez de se retardarem como nas possessões tropicais de ingleses, franceses e holandeses.” P. 86
“O português(...): por todas aquelas felizes predisposições de raças de mesologia e de cultura a que nos referimos, não só conseguiu vencer as condições de clima e de solo desfavoráveis ao estabelecimento de europeus nos trópicos, como suprir a extrema penúria de gente branca