Fichamento Boaventura Santos
Disciplina: Metodologia da Pesquisa em Educação
Professor: Gilberto Ferreira da Silva
Aluno: Roberto Sanches
Fichamento 4: Crítica da razão indolente: não atirem nos utopistas
Referência Bibliográfica Completa: Santos, Boaventura de Souza, Crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2000.
Boaventura Santos pretende descrever os termos da transição entre o paradigma dominante e o emergente, entre a regulação e a emancipação. O paradigma da emancipação afirma-se pela defesa do princípio da comunidade presente nos ideais da solidariedade e da participação democrática. Contrapondo-se á racionalidade impessoal, burocrática, de hierarquia verticalizada do paradigma dominante focaliza-se em relações em que os sujeitos podem exercer espontaneamente as suas capacidades em um contexto micro, com atividades de organizações não-governamentais, do chamado terceiro setor, mas é onde o grupo se mobiliza como atividade comunitária, às margens do estabelecido e centralizado é que se possibilita uma liberação do potencial humano para a felicidade.
Mapeando essa transição, Boaventura situa, em nível doméstico, o questionamento da família patriarcal que sob a pressão do movimento feminista e do ascendente poder jovem desde a década de 60, foi palco de um processo de democratização das relações que ainda está em curso. No nível mais econômico temos a produção eco-socialista que desenvolveu a autogestão e a pequena agricultura orgânica. Em termos das despesas cotidianas, formando-se no paradigma dominante temos o consumismo individualista que está sintonizado com a cultura capitalista, e prisioneiro dos esquemas mais emocionais da propaganda e do marketing. Já o consumo solidário se pauta por uma intencionalidade social, como por exemplo, o estilismo de mulheres faveladas que constroem um produto com uma marca local e referencias transformadas em estilo e moda produzidas por uma empresa cooperativa atraindo