Fichamento Antropologia

Do Maniqueísmo à Complementaridade: perspectivando saberes entre Antropologia e Direito.

O debate existente entre a ciência Antropológica e a ciência Jurídica vem sendo desenvolvido em diversas instâncias e em diferentes períodos. No Brasil, esse debate ganha uma freqüente visibilidade nos últimos anos, em decorrência das variadas formas de atuação, principalmente por parte dos antropólogo. Diante do contexto atual, esse trabalho pretende discorrer acerca da perspectiva relacional existente entre Antropologia e o Direito, mostrados suas relações de oposição e complemento, onde tomaremos como tema inicial, um programa que contextualize o inicio desse encontro de ambas as disciplinas, onde num segundo momento, pretendemos diagnosticar algumas relações de devergências e complementaridade ente ambas e por fim traremos a luz de exemplificação.

Primeiros Encontros

Ao cascaviarmos a origem da disciplina antropológia, perceberemos rapidamente que a sua relação com o Direito, não é real, sendo assim um fenômeno que desde o inicio de sua formação foi alvo de questionamentos para autores clássicos do conhecimento antropológico, os primeiros estudos direcionados a “jurisprudencia antropológica” os de maiores destaques foram realizados por autores consagrados como o inglês Sir Henry Maine, The Ascient Law (1861), e o advogado e pesquisador de questões indígenas Lewis Henry Morgan, em meados do século XIX.
Maine e Morgan, ao tratarem ambos a respeito do chamado “Direito primitivo”. possuem como traços marcantes em suas obras, o forte apelo a formulações teóricas. Já no inicio do século XX essa harmonia começa a ganhar fôlego em trabalhos como os de Radicliffe Brown, que buscava a concepção do “Direito primitivo”, só que pautada dentro da teoria funcionalista e suas diversas implicações à prática antropológica, sendo que posteriormente Bronislaw Malinowiski adentra nessa discussão contribuindo com uma série de críticas a trabalhos anteriores efetivados nessa