Fichamento Analise da Conversação
Introdução
“A Análise da Conversação (AC) iniciou-se na década de 60 na linha da Etnometodologia e da antropologia Cognitiva e preocupou-se, até meados dos anos 70 sobretudo, com a descrição das estruturas da conversação e seus mecanismos organizadores. Norteou-a o princípio básico de que todos os aspectos da ação e interação social poderiam ser examinados e descritos em termos de organização estrutural convencionalizada ou institucionalizada.” (p.6).
“Hoje, tende-se a observar outros aspectos envolvidos na atividade conversacional. Segundo J. J. Gumperz (1982) deve preocupar-se sobretudo com a especificação dos conhecimentos linguísticos, paralingúisticos e socioculturais que devem ser partilhados para que a interação seja bem sucedida. (...) O problema passa da organização à interpretação.” (p. 6)
“A AC é uma tentativa de responder a questões do tipo: como é que as pessoas se entendem ao conversar? Como sabem que estão se entendendo? Como sabem que estão agindo coordenada e cooperativamente? Como usam seus conhecimentos linguísticos e outros para criar condições adequadas à compreensão mútua? Como criam, desenvolvem e resolvem conflitos interacionais?” (p.7).
“Ela parte de dados empíricos em situações reais.” (p.7).
2. A transcrição de conversações
“A AC procede com base em material empírico reproduzindo conversações reais e considera detalhes não apenas verbais, mas entonacionais, paralingüisticos e outros, algumas informações adicionais, quando as houver, devem aparecer na transcrição, uma vez constatada a sua relevância.” (p. 9).
“Não existe a melhor transcrição. (...) O essencial é que o analista saiba quais os seus objetivos e não deixe de assinalar o que lhe convém. (...) A transcrição deve ser limpa e legível, sem sobrecarga de símbolos complicados.” (p.9).
“Os sinais mais frequentes e úteis para a uma transcrição são: Falas simultâneas, sobreposição de