fichamento Amartya Sen
Economia Regional e Urbana
Aluno: Samuel Williman Profª. Marcela Pessoa
Fichamento “Desenvolvimento como liberdade”
Amartya Sem, São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
Introdução
Desenvolvimento como liberdade
Segundo Amartya Sem, o desenvolvimento pode ser encarado como um processo de alargamento das liberdades reais de que uma pessoa goza. A tônica nas liberdades humanas contrasta com perspectivas mais restritas de desenvolvimento, que o identificam com o crescimento do produto nacional bruto, com o aumento das receitas pessoais, com a industrialização, com o progresso tecnológico, ou com a modernização social.
Considerar o desenvolvimento como expansão das liberdades substantivas orienta a ação para os fins que tornam o desenvolvimento algo importante, mais do que para os meios que desempenhem papéis de relevo.
A liberdade é nuclear ao processo de desenvolvimento por duas ordens de razões:
1. Avaliação: a apreciação do progresso tem de ser feita em termos do alargamento das liberdades das pessoas;
2. Eficácia: a eficácia do desenvolvimento depende da livre ação das pessoas.
O que as pessoas podem efetivamente realizar é influenciado pelas oportunidades econômicas, pelas liberdades políticas, pelos poderes sociais e por condições de possibilidade como a boa saúde, a educação básica, e o incentivo e estímulo às suas iniciativas. A natureza radical da concepção do “desenvolvimento como liberdade” pode evidenciar-se com alguns exemplos elementares. É frequentemente questionado se certas liberdades políticas e sociais (como a liberdade de participação ou discordância políticas, ou as oportunidades de receber educação básica) são, ou não, “indutoras de desenvolvimento”. Esta forma de colocar as questões passa ao lado da compreensão capital de que estas liberdades são constituintes do desenvolvimento. Estas liberdades são eficazes como contributo para o progresso económico, mas essa justificação das liberdades vem depois de e sobre o papel