Fichamento - AGAMBEM, Giorgio - HOMO SACER

AUTOR: FELDSMANN, L.
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AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer, O Poder Soberano e a Vida Nua. Belo Horizonte: UFMG. P.125-150. A proposta do filósofo italiano Giorgio Agamben é de utilizar a idéia de Foucalt sobre biopolítica junto com as indagações de Hannah Arendt a respeito dos estados totalitários. O totalitarismo, segundo Agamben, seria o local por excelência dos processos de subjetivação que “[...] levam o indivíduo a subjetivar o próprio eu e a constituir-se como sujeito, vinculando-se ao mesmo tempo, a um poder de controle externo.”. (p. 125).1 A vida nua ou vida sacra é o foco do texto, é o entrelaçamento de política e vida, seu caráter político é indissociável de seu caráter biológico. (p.126). A vida biológica e suas necessidades se tornam, na modernidade, o eixo do político, a justificativa para a soberania do estado, é pelo simples fato de ser vivo que o individuo se torna cidadão portador de direitos, mas este ponto será melhor esclarecido ao final do resumo. Sendo a vida o eixo da política, biopolítica, o estado passa a determinar quais formas são mais eficazes para assegurar o cuidado, o controle e o usufruto da vida nua. (p.128). Sendo o Estado moderno responsável pela vida, também o é pela morte, Agambem chama isso de tanatopolítica: cita Hobbes neste sentido, para o qual é a matabilidade do corpo que funda a igualdade natural entre os homens, e a necessidade da criação do estado, a passagem do estado de natureza de todos contra todos através da criação de um sujeito soberano artificial, o leviatã. (p.131). Esta constituição política do ocidente aparentemente privilegia a bios, o corpo do indivíduo, porém a partir do momento em que este se torna responsável pelo corpo e pela vida de seus cidadãos, estes deixam de ser cidadãos e se tornam corpos, homo sacer, a bíos e dissolvida pela zoé, a comunidade política. (p.130). Hannah Arendt mostra