FICHAMENTO-Adeus ao trabalho
Primeira parte I – Fordismo, toyotismo e acumulação flexível.
"A década de 1980 presenciou, nos países de capitalismo avançado, profundas transformações no mundo do trabalho [...] Foram tão intensas as modificações, que a classe que vive do trabalho sofreu a mais aguda crise deste século, que atingiu não só a sua materialidade, mas teve profundas repercussões na sua subjetividade e afetou a sua forma de ser." (ANTUNES, 1995, p. 23).
"Novos processos de trabalho emergem, onde o cronômetro e a produção em série e de massa são “substituídos” pela flexibilização da produção, pela “especialização flexível”, por novos padrões de busca de produtividade, por novas formas de adequação da produção à lógica do mercado [...] buscam-se novos padrões de gestão da força de trabalho, dos quais os Círculos de Controle de Qualidade (CCQs), a “gestão participativa”, a busca da “qualidade total”, são expressões visíveis [...] em vários países de capitalismo avançado e do Terceiro Mundo industrializado." (ANTUNES, 1995, p.24); Da necessidade de superar a crise do fordismo surge o toyotismo com novas formas de produção tendo o objetivo de reparar os fatores geradores da crise do modelo anterior, sem transformar o sentido básico do modo de produção capitalista.
"Atribui-se a Sabel e Piore um pioneirismo na apresentação da tese da “especialização flexível”: esta seria a expressão de uma processualidade que [...] teria possibilitado o advento de uma nova forma produtiva que articula [...] um significativo desenvolvimento tecnológico e uma desconcentração produtiva baseada em empresas médias e pequenas, “artesanais”. [...] Esse novo paradigma produtivo expressaria também, [...], um modelo produtivo que recusa a produção em massa, típico da grande indústria fordista, e recupera uma concepção de trabalho que, sendo mais flexível, estaria isenta de