Ficha2
Aluna: Maria Beatriz Dellagnesi Bovolato 2° ano Geografia: noturno
Professora: Maria Terezinha Serafim Gomes – Região e Regionalização
FICHAMENTO
Texto: LENCIONE, Sandra. A incorporação da fenomenologia e do marxismo no estudo regional. In:______. Região e Geografia. São Paulo: EDUSP, 1999. p. 147-176.
A partir dos anos de 1960, o mundo presenciou uma revolução tecnológica assim como ideológica. A importância da natureza voltou a ser questionada, assim como o mundo artificial já não era mais suficiente. As incertezas dos homens surgiram em momentos que o mundo passava por ditaduras e epidemias de fome, em especial nos países de terceiro mundo. Em meio a isso, as ideias marxistas “[...] deixaram de ser exclusivas dos partidos políticos e passaram a fazer parte da discussão de vários centros intelectuais” (LENCIONE, 1999. p. 149), pois com o progresso científico e técnico e com a crescente acumulação de capital, as desigualdades sociais aumentaram, favorecendo os donos dos meios de produção. Dentro dessas mudanças e crises, no âmbito científico, o positivismo já não era suficiente para se compreender a realidade, surgindo então outras correntes do pensamento geográfico como a fenomenologia e o marxismo, que ajudaram a construir novos parâmetros para a Geografia Regional. Edmund Husserl concebeu a fenomenologia que:
[...] se constitui numa corrente filosófica que considera os objetos como fenômenos, os quais devem ser analisados como aparecem na consciência. A fenomenologia prioriza a percepção e entende que qualquer ideia prévia que se tem sobre a natureza dos objetos deve ser abolida. Afirma que toda disciplina deve questionar a essência que funda o objeto de sua investigação científica. (LENCIONE, 1999. p. 149).
Esse método influenciou Max Scheller, que desenvolveu estudos nos campos da religião, da ética e da cultura, e Maurice Merleau-Ponty, que se dedicou ao estudo da “[...] relação entre a natureza e a consciência, considerando que a