Ficha Resumo
PALACIOS, Jesús. (Org.). Psicologia evolutiva: conceito, enfoques, controvérsias e métodos. In: COLL, César. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação. Tradução de Daysi Vaz de Morais et al. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 13-30.
IINTRODUÇÃO
Envolvido na apresentação de um ramo da Psicologia, Jesús Palacios enfoca, de maneira introdutória, a psicologia evolutiva como aquela disciplina que estuda as mudanças psicológicas ocorridas em um determinado indivíduo, os fatores que influenciam nessas mudanças, os objetivos da disciplina e um resgate histórico dos seus antecedentes até a década de 1960.
Com uma linguagem bastante acadêmica, o autor apresenta aos seus leitores, de uma maneira prática, a evolução da própria psicologia evolutiva, enquadrando em suas linhas teóricas grandes epistêmicos como Freud e Piaget, Rousseau e Locke.
“O fato de existirem outras disciplinas psicológicas que também estudam a mudança ao longo do tempo nos obriga a acrescentar algum outro traço diferenciador na definição (...)” (p. 13).
DESENVOLVIMENTO
Como já relatado, a psicologia evolutiva trabalha com as mudanças ao longo do tempo de um indivíduo. Porém, ela não é a única que envolve este tema, como o caso da psicoterapia. Entretanto, existem duas linhas de pensamento abordadas pelo autor que nos fornecem uma divisão cabível a essas correntes de estudo.
Primeiramente, a psicologia evolutiva está voltada para as mudanças num caráter normativo, ou seja, aquelas mudanças que são aplicáveis a todos os seres humanos ou a grandes grupos deles.
“O normativo ou o seminormativo refere-se mais às transições evolutivas e aos processos de desenvolvimento do que aos conteúdos concretos, de forma que, por exemplo, em todos os seres humanos é normativo o fato de ser cuidado por alguém na primeira infância [ou seja, é normal que isso aconteça] (...)” (p. 13).
Em contrapartida ao normativo, existem fenômenos que são próprios de determinados indivíduos, mas