Ficha de Leitura
Autor: Prof. Dr. Celso Candido de Azambuja Programa de Pós-Graduação em Filosofia – Unisinos/RS
Como o título sugere, este trabalho apresenta um método para melhor entender a condição humana, a partir da interpretação do iluminismo ocidental desenvolvida de maneira crítica pelos teóricos Marx, Nietzsche e Freud, que apontam para a desconstrução da subjetividade iluminista e para uma compreensão da condição humana que vai além da razão. O autor também faz referências às obras de Hesíodo e Ésquilo explicando como surgiu a tradição iluminista.
Segundo o autor, a subjetividade iluminista ocidental, comentada na obra, vai a encontro de questões enigmáticas, onde a busca do auto conhecimento é um “criar-se, um inventar-se a si no mundo e para si um mundo... Conhecer-se a si para produzir estados de alma cada vez mais elevados e sublimes”. O movimento da razão iluminista, que iniciou na Grécia Antiga, progressivamente vai se consolidando na modernidade, onde se desenvolve o pensamento, “que todo o valor é concedido ao ideal do Aufklärung: das práticas de si virtuosas ao verdadeiro conhecimento das coisas.”
Segundo o autor, para Kant a condição humana é potencialmente moral, racional e livre. “Se os homens se encontram em estado de menoridade, a culpa é deles próprios, seja pela sua falta de decisão e coragem, por preguiça ou covardia ou simplesmente por se contentarem em seguir preceitos e fórmulas”.
O autor refere-se a Marx um crítico da economia política que centrou sua teorias nos questionamento da sociedade industrial burguesa a qual alienava e explorava a classe operária, fazendo a denúncia da “miséria da filosofia” um mundo dividido em classes no qual a liberdade é uma “ilusão da consciência”. Para Marx, “a liberdade dos indivíduos não pode se reduzir a um “estado de consciência”, mas a um “estado material”, diante do qual a consciência é