Ficha de leitura - um discurso sobre as ciências
-Boaventura faz uma reflexão sobre a temporalidade da ciência, ressaltando a imagem de superioridade da ciência do presente, embora tal superioridade não exista, pois a sustentação teórica dessas ciências remetem as teorias do séc. XVIII ao inicio do século XX.
-Destaca então que estamos em tempos de transitoriedade, cheios de ambiguidades e complexidades.
-Aponta Rousseau para questionar o beneficio à sociedade do desenvolvimento do conhecimento científico, para então defender a ideia de que essa é uma resposta que virá com o tempo, quando as mudanças puderem ser sentidas na sociedade.
-Ressalta então a incerteza social para o futuro coletivo e individual.
2 – O paradigma dominante
-Na ciência moderna há a valorização das ciências da natureza em detrimento ás humanidades (história, filosofia, direito e etc.) e o senso comum.
-A nova racionalidade científica nega as formas de conhecimento que não se pautarem pelos seus princípios epistemológicos e pelas suas regras metodológicas.
-Separação com o saber aristotélico e medieval ao desconfiar das evidencias das experiências imediatas.
-A observação dos fatos como indispensável para a ciência, embora não descarte a dedução, especulação e teorias prévias.
-As ideias matemáticas como meio de ascensão a um conhecimento mais profundo e rigoroso da natureza.
-O que não é quantificável é cientificamente irrelevante.
-O método científico assenta na redução da complexidade.
-Divisão das dificuldades para a melhor resolução (Descartes). Condições naturais e leis da natureza.
-As leis da ciência moderna como “causa formal”, suplantando a causa final diferentemente do senso comum.
-O próprio conhecimento baseado em leis pressupõe a ideia mecanicista de mundo, em que o passado se repete no futuro.
-A teoria mecanicista é aplicável ao horizonte social, sendo possível então prever certos comportamentos.
-Divisão do conhecimento científico em: disciplinas formais de lógica e matemática e as ciências