Ficha de Leitura de Sociologia
Autor: Maria de Lourdes Faria dos Santos Paniago
Referência bibliográfica:
PANIAGO, Maria de Lourdes Faria dos Santos. Das sociedades de soberania do controle: uma abordagem Foucaultiana. Universidade Federal de Goiás.
Nome do acadêmico
Indicado para: Cursos de graduação e pós graduação, todas as áreas do conhecimento.
Resumo
1 – A concepção foucaultiana de poder
Para Foucault, o poder não é algo que se possa possuir, pois não é um bem manipulado, para que se tenha autonomia; o poder se pratica. Em uma escola todos exercem o poder, portanto, não é um só poder e sim vários poderes. Marx define que os aparelhos de estado se formaram a partir de pequenas regiões de poder.
Foucault chega a uma analise que as relações do poder se estendem os limites do Estado. Alem disso, o Estado não ocupa o campo de relações de poder, podendo agir somente em relações ao poder. Ele queria mostrar que a existência do poder não surgia no Estado e não pode haver mudança na sociedade se não houver mudanças no poder.
Para esse filósofo, ele classifica o poder como uma lei basicamente proibidora, ou seja, se esse poder não fosse uma noção negativa, ele não seria obedecido. Mesmo sendo negativo, ele induz toda a sociedade a produzir saberes, discursos. Como o poder produz e transforma não pode ser negativo. Por possuir uma característica de eficácia, ele se torna positivo, sendo útil a sociedade. É preciso vê-lo com positividade, deixando de lado que o poder é repressivo ou negativo.
2 – Das sociedades de soberania às sociedades de controle
Na época da Revolução Industrial, o poder era bastante visível, sua força dependia de suas evidencias, ou seja, de sua existência. Logo após esse período, as sociedades disciplinares não são como as sociedades de soberania, o poder perde sua visibilidade. Entre o poder soberano e o poder disciplinar ainda existe a individualização, que nesse ultimo produz