Ficha 1
Nomes: Vitória, Samantha, Ricardo e Wilson.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, 287p.
O Capítulo 2 “Uma história de diferenças e desigualdades”, do Livro “O Espetáculo das Raças trata-se de um texto empírico que apresenta fatos históricos e científicos.
O Texto pretende realizar neste capítulo um balanceamento das diferentes teorias raciais produzidas durante o século XIX.
Schwarcz procurou demonstrar que, as ideias brasileiras sobre raça eram mais do que simples copias dos modelos estrangeiros, eram também caracterizada pela especificidade, e que diante dessa condenação da miscigenação racial, países como o Brasil, que é extremamente miscigenado, eram vistos sem a possibilidade de progresso.
Nesse capitulo o que se pretende, portanto é realizar um balanceamento das teorias raciais do século XIX, mas para debater esse assunto, foi necessário remeter a questões anteriores, aos modelos de reflexão do século das luzes.
A autora volta ao século XVIII para explicar algumas divergências entre pensadores, como por exemplo, de um lado o “humanismo” de Rousseau, que entendia a humanidade como “una”, como totalidade e com sua ideia de perfectibilidade, ou seja, do homem poder se aperfeiçoar, e de outro lado pensadores como Buffon e De Pauw, que tentavam justificar as diferenças entre os homens.
Enquanto para Rousseau havia a noção do “bom selvagem”, ou seja, “O estado de natureza significava, para esse autor, não o retorno a um paraíso original, e sim um trampolim para análise da própria sociedade ocidental, um instrumento adequado para se pensar o próprio estado de civilização”, autores como Buffon e De Pauw defendiam uma infantilidade do continente americano. A partir de Buffon pode-se perceber o começo de uma ciência geral do homem, segundo sua tese (infantilidade do continente), continente americano era o signo da