Fibromialgia
Introdução.
Embora seja uma doença reconhecida há muito tempo, a fibromialgia tem sido seriamente pesquisada somente há três décadas. Pouco ainda é conhecido sobre sua etiologia e patogênese. Até o momento, não existem tratamentos que sejam considerados muito eficazes. A fibromialgia é uma síndrome primariamente pesquisada e tratada por reumatologistas principalmente por envolver um quadro crônico de dor musculoesquelética, mas frequentemente estes pacientes requerem um acompanhamento multidisciplinar com o objetivo de alcançar uma abordagem ampla e mais completa de seus sintomas e comorbidades, mas o mais importante é o papel do próprio paciente, exercendo uma postura pró-ativa no tratamento (HEYMANN, 2010).
3.1 Tratamento farmacológico.
Antidepressivos tricíclicos: estes fármacos agem alterando o metabolismo da serotonina e a noradrenalina, e nos nociceptores periféricos e mecânico-receptores, promovendo analgesia periférica e central, potencializando o efeito analgésico dos opióides endógenos, aumentando a duração da fase 4 do sono REM, melhorando os distúrbios de sono e diminuindo as alterações de humor destes pacientes. A amitriptilina de 12,5-50mg, ministrada normalmente 2 a 4 horas antes de deitar, demonstra melhora na fadiga, no quadro doloroso e no sono destes pacientes (SCOTTON, 2012).
A ciclobenzaprina: um agente tricíclico, é uma droga que não apresenta efeitos antidepressivos, sendo utilizada como miorrelaxante; apresenta eficácia significativa no alívio da maioria dos sintomas da fibromialgia (SCOTTON, 2012).
Bloqueadores seletivos de recaptação de serotonina: especialmente a fluoxetina, podem ser utilizados na síndrome. A fluoxetina, quando usada em conjunto com um derivado tricíclico, pode amplificar a ação destes últimos no alívio da dor, do sono e bem-estar global (SCOTTON, 2012).
Benzodiazepínicos: a maioria dos benzodiazepínicos altera a estrutura do sono e diminui a duração de