fibras
Departamento de Ciências Biológicas e da Saúde
Eduardo Henrique Peixoto
Fibras vegetais
Osasco
2013
INTRODUÇÃO
Na história da humanidade as fibras vegetais desempenharam papel fundamental para a consolidação da civilização humana. Assim, desde os períodos mais remotos o homem utilizou-se destes materiais para garantir a sua sobrevivência, seja para confeccionar linhas e redes de pesca, cordões para atar em arcos que serviam para a caça e diversos utensílios para transportar materiais coletados ou provenientes da pesca e da caça. Ainda as fibras vegetais secas eram utilizadas para se atar na ponta de paus que depois de embebidas em gordura de origem animal serviam de tochas com as quais o homem podia se locomover na escuridão, protegendo-o das adversidades da natureza.
As fibras são tecidos estruturais das plantas, formadas principalmente por lignina, um polissacarídeo presente em aproximadamente 25% da matéria dos vegetais. O tecido vegetal esclerênquima é formado por dois tipos de células: os esclereídes, ou células curtas, e as fibras esclerenquimáticas, células alongadas, resistentes e flexíveis que são o principal componente das fibras vegetais. “O esclerênquima é composto de células mortas, alongadas e dotadas de paredes grossas e resistentes, devido à presença de uma substância chamada lignina”.
Já no período neolítico (10.000 a 4.000 a.C.) algumas civilizações da mesopotâmia usavam as fibras vegetais misturados à argila crua que fornecia materiais para construir abrigos, que funcionam como excelentes isoladores térmicos. É deste período também que data o vestuário feito de linho.
Porém, a grande contribuição das fibras vegetais pode ser relacionada com o advento da escrita e com ela o papel.
O nome papel deriva da palavra papyrus com que foi designado o primeiro material para escrever feito pelo homem. À 6000 anos no Egito, usavam-se para escritura folhas que se obtinham