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Cenários de resposta
GRUPO I
1 – Na primeira estrofe regista-se que “Cai chuva. É noite. Uma pequena brisa /Substitui o calor” e salienta-se o facto de o “luzir ” ser melhor para alcançar alguma felicidade . Contudo, ao longo das restantes estrofes a reflexão do sujeito poético sobre a vida, e a sua vida em particular, vai-se desenvolvendo, ao ponto de na última estrofe se observar já uma mudança no tempo climatérico, registando-se que a “ pequena brisa” dera lugar a uma noite fria e ao crescendo da chuva, tal como se verifica em “ E a chuva cresce/ Na noite agora fria “.
2 – A vida, para o “ eu poético” , é um espaço onde o sonho se impõe e fá-lo ter dó de si mesmo. O modo como o “eu “ perceciona a vida é depois explicitado nas estrofes seguintes, utilizando um conjunto de adjetivos que fazem antever a sua inutilidade, atendendo a que a considera “ extensa, leve, inútil, passageira”, que lhe faculta apenas a “ ilusão do sonho” onde a sua “ vida jaz “. Afirma ainda que é um “ Barco indelével pelo espaço da alma “, que não lhe dá a tão desejada calma e lhe dificulta uma verdadeira vivência.
3 – Os versos que ilustram a impossibilidade de o sujeito poético atingir a calma situam-se na penúltima estrofe, mais precisamente nos dois últimos ( “ Da eterna ausência da ansiada calma, /Final do inútil bem. “), onde reconhece desejar a tal calma que acaba por se transformar num ” inútil bem”, uma vez que esse desejo não chega a concretizar-se.
4 – Entre os vários recursos estilísticos presentes no texto, pode destacar-se a adjetivação expressiva, usada para caracterizar o modo como o sujeito poético vê a vida, recorrendo à adjetivação múltipla na terceira estrofe , ( “ extensa, leve, inútil “), antepondo-a ao nome a que se reportam, sugerindo a sua valorização e preocupação principais. Uma outra figura presente é a metáfora, presente, por exemplo, em “ Barco indelével pelo espaço da alma” destacando o modo como o eu