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Povo de origem semita, os fenícios eram marinheiros e comerciantes. Habitaram a costa oriental do Mediterrâneo por volta de 2.750 a.C. até o séc. V a.C. O desenvolvimento de suas atividades comerciais teria feito com que adotassem a escrita, criando um alfabeto próprio, derivado, segundo uns, dos cuneiformes, segundo outros, do hierático egípcio, e segundo outros ainda, do protosinaítico, dos cipriotas, dos hititas, dos cretenses, etc.
O idioma fenício derivava do grupo cananeu, e era muito parecido com o Hebraico. O ramo cananita dividiu-se em duas formas diferentes, segundo a forma de se escrever o alfabeto: a forma fenícia, seguramente mais antiga, e a forma do hebraico antigo, ligada ao ramo aramaico. Pensamos que o hebraico primitivo ainda fosse de caráter alfabético, como o fenício original. Apesar de se dizer que o fenício não representava as vogais, nem o hebraico, temos sérias razões para pensar diferente. As letras hebraicas ) _ h _ w _ y _ ( (álef, hê, vav, yod, áin), que hoje não têm valor fonético algum (exceto o vav, que vale “v”, “o” e “u”, e o yod, que vale a semivogal “y”), no fenício e no hebraico anterior a Moisés, equivaliam exatamente às vogais A – E – U – I – O. Elas correspondem exatamente às antigas letras gregas a - e - # - i - o (alfa, eta, digamma ou vau, iota, o micron). A ordem das vogais é esta porque conta uma história iniciática: A partir da essência () - álef), que também se chama Deus, foi estabelecida a Lei Cósmica (h – hê). Então fez-se a Luz (w – vav) e o mundo foi manifestado (y – yod). A matéria então, começou seu reinado (( - áin), devendo ser dominada (conhecida) pelo homem.
É uma outra forma de contar o que está descrito no primeiro capítulo de Gênese.
Segundo os gregos, o inventor do alfabeto fenício teria sido o fundador da Tebas grega, Cadmos, filho de Agenor, rei da Fenícia. É uma lenda, mas deve ter seu sentido místico.
Depois da descoberta dos documentos gráficos na Palestina, em